Literatura e Oralidade
Há muito tempo, o Brasil recebeu milhares de homens e mulheres que foram capturados em diversos lugares da África e escravizados. A história de seus povos, os segredos da sua religião, os modos de fazer as coisas eram contados pelos mais velhos para os mais novos; falavam de seus deuses, de seus mistérios, de sua sabedoria. E as velhas lendas continuaram a ser narradas.
Acredite, se puder, mas, na África, são faladas, aproximadamente, duas mil línguas. Isso mesmo! Mas não pense que cada uma é falada por pouca gente. Mais de 50 línguas têm mais de um milhão de falantes cada uma. Cerca de uma dúzia por sua vez, tem mais de dez milhões de falantes cada. O árabe, por exemplo, é a língua usada por mais de 150 milhões de africanos. Mas de 70 milhões de pessoas, por outro lado, comunicam-se por meio do hauçá, língua presente no noroeste da Nigéria, o país mais populoso da África.
Babá, bagunça, cachaça, caçula, cafuné, capenga, quitute, samba, bunda, sunga, tanga, lengalenga, fubá, fungar, xingar, zangar, xodó... Seria possível prosseguir quase interminavelmente a lista de vocábulos utilizados no Brasil que derivam de línguas africanas. Só na Bahia, registram-se 5000 desses vocábulos.
A literatura africana, como um conjunto de obras literárias que traduzem uma certa africanidade, toma esta designação porque a África é o motivo da sua mensagem ao mundo. Nesta literatura, o centro do universo deixa de ser o homem europeu e passa a ser o homem africano.
Nomes de alguns autores africanos: João Armando Artur, Ruy Duarte de Carvalho, Andrade Costa e Alda Lara.
(Ruy Duarte de Carvalho)
Por: Andressa e Paula Lídia
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